Não é só na vida privada que a verdade e a hipocrisia aumentam em tamanho. Na vida pública e, sobretudo, na política, a patranha generaliza-se com avidez e técnica. A mentira vai-se tornando parte de uma tecnologia de domínio e de regime. Diga-se que, no conflito de ideias, esta música toca a todo o gás. A catequese fantasia-se em conjetura, a conjetura mascara-se de facto e o facto surge dissolvido numa diversidade que torna difícil tomar uma decisão clara. É aqui que se vislumbra a máscara da verdade na sua disputa incessante e, como tal, a crítica cultural e filosófica que se impõe. Não para apregoar purezas morais, mas para denunciar a ferramenta metodológica que converte a falcatrua em paz social do capital.
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