sábado, julho 09, 2011

MÚSICA PARA TOLOS

 

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Uma semana sem televisão, rádio e jornais consentiu-me livrar de retóricas atreitas a enjoos e regurgitadas por aquela intrusiva gentalha liberalona e aproada que, na sua soberba certa, não poupa os tunantes - que nada ou pouco têm – dos seus gastos nímios e ociosos e, por isso, particularmente responsáveis pelos desmandos desta pobre tribo lusitana, à qual a troika generosa e pacientemente concede o socorro inadiável.

Cheguei e mal liguei a TV, o pasmo aconteceu. Os elogios peganhentos às notações de abril/maio, por um qualquer milagre insondável, tinham virado levantamentos insultantes aos deuses que neste mês de julho, pelos vistos, avistaram os pecados obstinados e estorvadores de sempre, os de hoje tal como os do meses passados. A punição deve, em vista disso, ser severa; o coração do sistema não pode deixar de bater ao seu desejável ritmo e, por que não, por si apetecível. Por isso …

Mas, para sossego de muitos, nem tudo é arritmia. Afinal, os panegíricos de ontem deram votos a 5 de junho e as sedições de hoje, que tanto encolerizam tal gentalha, provam neste mês de julho e nestas circunstâncias de surpresa dolorosa, a inocência dos recentes ganhadores na inevitabilidade das medidas tomadas e, sobretudo, a tomar no futuro … com a suposta alegação da crueldade imposta pelas obscuras notações do presente.

A culpa precisa, neste enredo de engodos, de se serpentear e ziguezaguear para que os infames continuem a chupar o sangue “tóxico” das suas vítimas estonteadas por tamanha luminosidade e transparência éticas. Bem-hajas, coração tão magnânimo …

Uma argumentação que vem mesmo a propósito; OUÇA

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