segunda-feira, setembro 09, 2019

A PRIMORDIALIDADE DO ACASO




Imagina-se futuros, inventa-se vidas, despontam acasos. O princípio da verdade solta-se assim do burburinhar revolto do sentimento. Cá se espiga a circunstância de humanas coincidências descobertas. Casualidades que valem, significam e se representam. Que ganham corpo adiando sonhos atraídos por encantamentos. Quiçá, igualmente sentenciados por abruptas fatalidades. A sedução ou a necessidade ambas triunfam na sua emergência. E o acontecimento assim vai desafiando o então traçado, o aspirado. Com o acaso sempre presente, ajuntado à fertilidade da sua ontológica supremacia. Imerso na inevitável intimidade da facticidade com o indeclinável devir da singularidade. Garantidamente entranhado no jogo da vida que, em suma, interessa arriscar. Com certeza, ousando vive-lo.

Imagem - “Metamorfose de Narciso (1937)”, retirado DAQUI

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