domingo, março 03, 2024

A INDIFERENÇA RARAMENTE SERVE, NUNCA A DEMOCRACIA

A atmosfera da disputa política do momento tem vindo a tornar-se um clima favorável à inoculação viral da desinformação. Como? Emaranhando cabíveis discordâncias com intentos que, no seu básico, apenas fomentam a corrupção dos propósitos. A democracia deixa assim de o ser quando se entrega vulnerável ao fado da corrupção. Através da falsidade, da detração sistemática, da má-fé, da violência, das arengas de ódio e de outras viciosas artimanhas. A palavra em si fala por si, todavia é na sua sombra que por inteiro assume a vitalidade da desencaminhada intenção. A democracia, e o democrata, não deve, não pode ser indiferente a esta condenável e grosseira sagacidade. Ou seja, apreciando tais conteúdos inteiramente forjados enquanto sinais distorcidos sem correlação com o essencial e, sobretudo, com a sua verdade. Sabe-se que vivemos um tempo pardo de ordinárias “fake news” que ajuda e possibilita formas de corrupção na sua diversificação e intoxicação de ambientes contagiantes. Neste ponto (e em concreto) quando a corrupção da informação tem, no campo político, uma significação moral de consequências sociais e humanas imperdoáveis. 

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