sábado, março 23, 2024

O PRESTIGIO DA GRAVATA

No mundanismo da penitência há pedidos de desculpa que atraem. Contudo, há gentalha enfatuada que pela vénia não convence. Trata-se de uma casta cabotina em que, mais do que a verdade, a prosápia é que se achega. A diferença não está certamente no tropeção, mas na insistente entrega à recorrente altivez. Para melhor alcançar o juízo, o primeiro pede desculpa, o outro apenas revela uma dubitável imoderação. Aquele joga de igual para igual, este último desequilibra-se na sua presunção. O referente de um não se combina com o representativo do outro. Um encaminha-se pelo reparo. Espera a desculpa. O entufado, esse, não consegue desvincular-se do seu mérito moral. Ou seja, do poder da gravata e do seu nó no gorgomilo.

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