quarta-feira, maio 23, 2018

A GLUTONIA INSACIÁVEL DO ARRANJO


Impõe-se a sidérea globalização como de uma benfazeja e sentenciosa pertença se tratasse. Sendo um estradeiro à esquerda, calcorreando caminhos que imaginam, amanhã, alcançar dignidade para os desabrigados de hoje, acompanho alguns outros recalcitrantes heréticos. Todas as tretas que buscam carcomer o princípio do Estado, em favor de premissas mercantis, continuamente não passam de ardilosas ciladas no sentido trapaceiro de atingir formas prestadias e gananciosas de um dócil alinhamento gregário. A suposta charada, na sua linguagem labiríntica, mantém-se obscura porque homizia o seu mostrengo neoliberal. Daí, não rareiam os jorros de vomições desreguladoras, os panegíricos à privatização, os elogios aos seus senhores, assim como os cultos venerados aos bancos, aos agiotas e a tantos outros anelídeos tipo FMI. Entrementes, pela calada bem cuidada, vai-se confiscando a democracia, premissa alicerçadora da sangria a extrair. Adormecidos, lá vamos esquecendo necessidades que de facto fazem falta, tanto quanto vamos aceitando uma liberdade contaminada de serventias e constrangimentos. A democracia assim se vai apodrecendo desgraçadamente corrompida. Assim parece ser a autofagia do Capital. Assim vai acontecendo este licencioso e selvagem imperialismo capitalista.

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