Sentir, lembrar a saudade, viver a saudade, pensar o passado. Um passado que de modo algum afasta a permanência do presente e nega o desertar do futuro.
Lembrar a saudade será, então, revisitar lugares, tempos e momentos. Acaso, reviver afetos, emoções e memórias. Lembrar a saudade será, pois, viver a saudade, e não viver da saudade.
Viver da saudade faz-se um outro viver. É ficar lá, é permanecer agarrado ao contínuo retorno, isolado na ilusão do regresso e da esperança ressuscitadora. Em síntese, é habitar encasulado no reducente e desnaturado saudosismo.
Estará (ou não), por isso, na saudade, na tradição e na identidade, o quadro em que as três penas, em simultâneo, esboçam, serigrafam e representam o viver?
Imagem retirada DAQUI
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