sábado, fevereiro 20, 2021

UM RENASCER DO PURGATÓRIO?


A memória procura lembrar, a história construir. Tornando presente o passado, possibilita-se futuro. A sua herança dispõe saber. Entre um e o outro tempo, fica o tempo de um imaginário, sempre mudável. Um todo, afinal, onde o passo faz caminho, e o caminho, obra. Obra coberta de imagens. Visuais, mentais, oníricas e simbólicas. Bem como modos de representar, de pensar, de sentir e de agir. Que se disputam, seguramente. Mas capazes de partilhar e se alongarem em um tempo de curso coletivo. Um tempo histórico, com verdade, não anacrónico, fora do tempo. Diversamente, um tempo feito de juízos e sensibilidades do tempo presente. Sem evasivas ou inventos de lugares consoladores entre o paraíso e o inferno. O consenso, estou certo, realizará o seu caminho, o caminho da história, da evolução civilizacional.

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