Somos frutos de rotinas, espelhos, crendices e significâncias que, ato contínuo, se alimentam comprometidos. Assim feitos, não nos é fácil desarticular a homogeneidade da sua aparente coerência e, deste modo, distinguir a discrepância dos seus extremos. Isto posto, não se faz fácil desmentir o presente e tornar passado a memória que não nos liberta da sua poluída potência. O futuro assim vai despontando em um presente pleno de conversões, todavia presos à naturalizada sornice do “sempre foi assim”. Seres irrelevantes, aceitáveis neste especulativo mundo que faz do homem um ser idiota, imoral e apolítico. Um ser adimensional, adormecido na sombra da sua humanidade, individualista e irreal.
Sem comentários:
Enviar um comentário