segunda-feira, abril 29, 2024

UM HOMEM, QUIÇÁ, CHEIO DE SI

O Senhor Presidente é um homem deveras empático que sabe avizinhar-se emocionalmente do outro, relaxar a comicidade do seu ânimo e aplicar-se com facilidade à contingência do incerto. No entanto, não sei se me refiro apenas a peculiares e atraentes qualidades ou a uma otimização de habilidades nelas sincronizadas e, sobretudo, delas emancipadas. O tempo e as multifacetadas peripécias não me levam a invalidar as primeiras, mas talvez a aceitar a egolatria virtuosa das segundas. O último episódio, mais do que testemunhar esta certeza, interroga-me sobre o que efetivamente deprimiu o Senhor Presidente para lhe provocar tamanha fúria narcisista. Quem sabe, então, descortinar o rastro dos respetivos e prováveis significantes de tão exímio entusiasmo?

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