Habita-se hoje, no interior do seu pardo e atrativo rebuliço, uma arrevesada e ilusória globalização. Como se sabe, uma realidade prensada na ondulação sublime da padronização do nosso sobreviver. Entregues, e em acrescento julgo certo, a uma empática agitação do alagado enxurro tecnológico. Mais, descuidadamente em sintonia assaz ajustada à silenciosa e proficiente cofragem capitalista. A humana frieza alcança por aqui, pelas suas revolucionárias vias interconectadas, inauditos enleios. Viabilizando, sem instantes de alívio, pelas suas buliçosas e diluviosas vias atrativas. A cultura da virtualidade assim se reverte ubiquidade encadeada por sortidas diversidades mesmo que obscuras. Eis o bornal onde, e convenientemente, se ensacam as forragens da embriagada inverdade que se escora neste meândrico mundo sempre amodernado. O que é rápido, e rapidamente passa, logo que consumido, deslinda o sinal litúrgico do calculável descarte. De imediato, resta a palavra, a palavra da perfeição que sonha um recomeço, desperta o espírito da mudança e estimula a alma da esperança. A técnica busca fatalmente a apressada solução, a arte da clareza futura o mundo em que o humano possa existir e reencontrar-se com si mesmo. A razão humana vai por aqui hesitando atufada na desordem das vicissitudes que a espicaçam. A ânsia de a revigorar esmiúça rumos, interpela valores e alonga esperanças. Os tempos de hoje não dispensa o equilíbrio da razão, certamente. Não obstante algo mais exige, a elevação do pensamento que se obriga à empatia da expressão ética de fidelidade ao humano.
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