Acabo de chegar de umas pequenas férias e não resisti, por um masoquismo prazenteiro, a sofrer comprazido com as falas de Sócrates e da Judite de Sousa, nessa neutral e convincente SIC. Apenas um brevíssimo, e como sempre, modesto comentário. Sem qualquer pretensão de previsibilidade de ganhos, Coelho será nestes tempos de proximidade política, um presumido estagiário de sacristania no altar da sede da diocese política num confronto desigual com esse arquiepíscopo, igualmente presunçoso, que apresenta teimosamente uma obra desmerecida e, como não bastasse, uma nobreza de qualidades que não tem. Durante essas falas altaneiras, Sócrates consumiu todo o tempo, não a responder à saloiada questionável da Judite mas, a bater nesse engravatado sumido que se dá pelo nome de Coelho. Mas esta é a comédia-drama eleitoral montada pela bajuladora e despudorada comunicação social que assim trama o mais familiar procedimento de exclusão, ou seja, tece aquele silencioso interdito que define os sérios e os outros, os atores e os figurantes, os responsáveis e os loucos. Por mim, dá-me gozo conservar a saudável loucura de figurante galhofeiro…
Sem comentários:
Enviar um comentário