Os sentimentos realizam em nós múltiplas e insondáveis funcionalidades. Orientam olhares e incitam-nos (sobretudo) a relações preferenciais com os outros e com o mundo. Reclamam racionalidades que autorizam sentidos que dão ordem à vital necessidade do nosso conchego. Desvia-se (pois) o que se move em sentido inverso, voltando (por vezes) a afastar o que já se arredou vezes sem conta. A imaginação do subterfúgio cansada torna-se frouxa. A realidade aproveita e regressa mais corajosa e, para nosso revés, ainda mais teimosa. Aí, acordamos. Não de um sono mas de um sonho distorcido pela nossa pequenez. Afinal, o que parecia ser e gostaríamos persistentemente que fosse, em definitivo não é. Recomece-se…
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