quarta-feira, julho 18, 2012

O ASSASSINATO ECONÓMICO DE BRAÇO DADO COM A VIGILÂNCIA CORRETIVA DOS CHACAIS DA CIA

 

cny_cia_cia_db[1]Jornadeando pela FNAC, abalancei-me a adquirir um livro de Santiago Camacho intitulado “a troika e os 40 ladrões”. O autor é apresentado no verso da capa como escritor e jornalista cujos escritos têm como denominador comum a denúncia e a polémica, o que em si logo me arrepanhou. Acresce (no entanto) que os seus temas prediletos afinam, pela suspeição, com alguns dos meus, ou seja, o das regiões heréticas das sociedades secretas, dos serviços de inteligência e das teorias da conspiração. Contudo, confesso que o crivo do índice foi para mim o decisivo safanão motivacional para a sua aquisição mais do que o afadigado e reiterado conteúdo da apresentação inserto na contracapa. “Os truques sujos”, entre outros, excitou de imediato (e libidinosamente) o meu desejo abespinhado em tragar os malandros da sujeira.

O texto acusativo das patifarias apresenta-nos um homem de nome Jonh Perkins que, nas suas “ Confessions of na economic hit man”, historia como é que através de uma associação/firma de malfeitoria/consultoria (Chas T. Main) se formou e se promoveu em assassino económico. Ele próprio esclarece que este tipo de criminosos são “profissionais altamente remunerados que lançam armadilhas de milhões de milhões de dólares aos países do Mundo. As suas ferramentas de trabalho são relatórios financeiros fraudulentos, manipulação de eleições, subornos, extorsões, sexo e assassínio”.

Numa leitura apressada, e em apenas meia dúzia de páginas lidas, apurei que Perkins perseguia nas suas incumbências profissionais confundir os países mais pobres com enormes somas do Banco Mundial e do FMI com a garantia certa de que essa abundância era para aplicar em projetos investidos em companhias norte-americanas. A esta impiedosa caução, pelos vistos, outras exigências se anexavam materializadas num outro tipo silencioso de proveitos em domínios como o dos recursos naturais do país, da cooperação militar e de apoio político. Mas, e o que acontecia aos dirigentes que não aceitavam, pergunta Perkins, espicaçando a curiosidade salivante do leitor?

Perkins, dá-nos então conta dos casos dos teimosos e embirrentos presidentes Jaime Roldós (Equador) e Omar Torrijos (Panamá). O que lhes aconteceu? Morreram ambos de acidentes de avião. Todavia, não fossemos nós cogitar candidamente numa possível casualidade, Perkins esclarece que as suas mortes não foram acidentais. E acusa; os presidentes Roldós e Torrijos foram assassinados “porque se opuseram a essa fraternidade de corporações, governos e elites bancárias cuja meta é o império global”. E vai mais longe, completando; quando os assassinos económicos falham, há outros atrás deles que levam a cabo a tarefa. São eles, diz o penitente Perkins, “os chacais da CIA”. Tal e qual…

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