sexta-feira, julho 31, 2015

A APNEIA ELEITORAL DA DES-ORDEM

 

“Estamos hoje a lutar mais por Abril e pela liberdade do que em tantos anos se fez com muitos outros governos, e isso devemos à vontade dos portugueses.”

Passos coelho

8274319_8C69KQuarenta anos após as abruptas exéquias salazaristas, o torrão pátrio goza hoje (diz quem sabe) da celestial harmonia de uma utilidade prometida a todos mas, embora pecado desprezível (digo eu), em que apenas alguns (poucos) colhem benefícios. Esta laudatória acomodação prega (assim, legitimamente) à credulidade das gentes simples afiançando (com denodo e a sorrir) que o torrão está – finalmente – em cinzelado e aprimorado regresso à ordem original. Daí, com razão se justifica, a algazarra feita num tom de voz aguerrido, abrasado e atuante. Implora-se aos ventos (e em refrão) os princípios da permanência e da persistência discretamente ajoelhado na maculada (embora com parco suor mas muito sangue) almofada da probidade com que, perseverantemente, se partejou o conserto que importa não se venha em outubro a encrencar. Assim se pousa o problema e, com tal assento, arruma-se o modo de pautar as balizas do juízo humano (das ditas gentes) e de (piedosamente) encaminhar as mãos desajeitadas ao talhado recorte eleitoral do abono requestado. Fica apenas por cumprir (o tempo promete) a criminação regressiva daqueles que, por manifesta idiotice, resolvam excluir a clemente e eficiente fórmula da essencialização ofertada pelo paternalismo ideológico circulante.

Imagem retirada DAQUI

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