Inicio por uma desalinhada observação de denúncia ao atual e contextualizado descomedimento da lasciva e intensa luz mediática que, para além de se apresentar pateticamente iníqua e afincadamente insistente, se vem focando (e cumprindo) – o que me parece manifesto – nesse (e através desse) feudal ofício de embaçar, ou mesmo de encegueirar, o nosso modo de olhar o fenómeno político, esforçando-se por não nos deixar enxergar o que de essencial há para atentar.
Invito-vos – permitam-me a ousadia de vos moer a consciência – a exercitar a viva recusa à ofertada transparência da obviedade, apre(e)ndendo o valor da distância feita medida talhada para o alcance da necessária condição de ver (e ouvir) o que importa ver (e ouvir). A lisura da informação não está (ou estará) no que salta de imediato à vista (eis o seu obscuro propósito) mas (provavelmente) na poderosa dialética crítica, fundada e respaldada na sua própria e instituinte (assídua, exigente e dificilmente conciliável) briga sistémica.
A todos, votos de um trabalho útil e proficiente neste aventado mas incontornável desarme colocado ao desafio do ato de compreensão…
Imagem retirada DAQUI
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