terça-feira, outubro 30, 2018

NO FUTEBOL, UMA SIMBIOSE DESTRUTIVA


synthetic_grass_for_soccerTodos nós somos diferentes na nossa complexidade, histórias de vida e funduras biológicas. Deste compósito soltam-se as raízes etiológicas dos nossos comportamentos. Os da nossa fragilidade, também. Muitos dados, nos diversos patamares de busca e entendimento, estão catalogados. Aqui, de um modo por demais conciso e modesto, interessa-me considerar apenas o meio e a sua influência. Sobretudo, genericamente relevando as suas dimensões educativas e emocionais. As primeiras, pela sua frivolidade e insensatez. E as outras, as emocionais, que fluindo do enodoar das anteriores, se constituem em uma estirpe de razão. E de tal modo, que em forma de mediação socialmente extensiva, procriam uma toxicomania constitutiva da sua atual cultura. Diga-se, paradoxalmente euforizante e sedativa. Não falo do futebol, mas de um simulacro da cultura que o assiste. Uma cultura, sobretudo mercantil, que acolhe e abriga profusos venenos provenientes de um catabolismo mediático parasitário, que dele, do futebol, simulando servir, afinal, dele vai beneficiando. Por mim, como não sou capaz de mudar o meio, vou-me mudando de meio. Num experimento de regressão terapêutica, livrando-me de objetos nocivos e, nesse decurso, procurando soterrar, a pouco e pouco, os resíduos das minhas tristes e pessoais lembranças.

Imagem retirada DAQUI

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