À contumácia irreflexiva de histórias de vida enlutadas resta-lhe, pelo seu afinco, crer no recheado vazio da repetição. Um persistente retorno agasalhado na persuasiva construção de uma abreviada e árida sinopse. De certo, histórias de conformados crentes na dócil promessa de um recomeço com amanhã. Tudo parece mostrar-se aprazente, embora submerso na moderação socializada do pragmático. Incansáveis, deambulando por pitorescos caminhos recalcados. O insólito sussurro basta para resfolegar o alento. E com o tempo, a restauradora rotina, em circense modo de saltimbanco, reverte-se ingrediente. Sem dúvida, incrassada por um sonso entusiasmo expansivo. Haja assunto que enfeitice, supondo-o sustento para a bitola de um acreditar confiado ao interior de um acanhado pensamento. Invariavelmente dependente da mesmidade, das suas ocasiões fantasiosas, da patética diversidade do acidental que a desenha. O vazio ocupa-se, assim, consumindo-se de uma discretíssima, mas animada e demorada existência a meia haste. Apesar da licenciosidade, afinal de contas, o imoderado sinal de luto justifica-se.
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