Não há ouvido independente. É certo. Todavia, o imbróglio é ter-se um ouvido improvável. Na pretensão da escuta que admite tornar inteligível compreensões absurdas em si mesmas. Melhor dizendo, fazer de uma arenga cabalística algo de aceitável que avilta o outro na sua inteligência e dignidade. Mesmo sabendo que há quem viva, e consiga viver, abraçado à cabala. Mas aí, o visível caricato cumpre o seu papel. Nutre, sem querer, a confiança na suspeição. E assim, a hermenêutica respira e, de modo natural, pode consertar-se. A bem da inteligência maltratada e da dignidade atingida. Mais claro ainda, a bem da verdade que resiste aos descaminhos de mórbidos e sombrios artifícios.
quinta-feira, fevereiro 28, 2019
NINGUÉM SE ERGUE SEM TOMBAR
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