domingo, maio 05, 2019

OS SILÊNCIOS DA CONSCIÊNCIA


A consciência apela e inquieta. Não por palavras, mas pelo seu murmúrio. O silêncio é uma sua expressão. A cumplicidade destina-lhes a corrente. Movendo juntos a condição moral do acerto. Com ela alcançando uma voz, a dita voz da consciência. Porventura, mais sagaz na possibilidade da sua autenticidade. Uma voz que nos acompanhe na busca da liberdade rendida. De respirar para além da impessoalidade do submerso. Sem culpas a não ser as nossas. As que, de verdade, nos angustiam. E se adentram no nosso ser mais próprio. De um modo autêntico na radical possibilidade de existir. Culpando-nos, então, e aí sim, do que não se fez (ou se fez) enquanto seres-livres. Restam-nos, isto posto, o reconhecimento das desoladoras letargias. Desejando e querendo ter uma emendada consciência. A que nos responsabilize pelo nosso próprio ser. Vivendo, sendo mais autênticos nas nossas escolhas. Morais e não só.

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