quarta-feira, maio 15, 2019

UM SABER QUE NÃO ABRE MÃO DO AFETO


Há coisas que se descobrem quando se sente, quando se existe, de verdade, no afeto do outro. Uma boa sorte, afinal. Uma ventura que se cuida para além do simples estar presente. À partida, sem destino. Segue-se, sim, o resguardo da confiança partilhada. Fazendo relação que a estima anima e o respeito afirma. Por entre palavras e ideias que significam sempre mais. Decantando o desafogo e nutrindo o ser que se vai, desde sempre, sendo. Indagando compreender mais e melhor, ao alumbrar, na andança, escuros que guardam o que não devem. Reconhecendo o valor do diálogo confiável das interioridades. Abraçando no enlace o alcance ontológico do saber humano acerca do humano. Em direção a um sonho justo de imaginar novos e possíveis lugares de estar, com verdade. Mais seguros, genuínos e responsivos. Certamente, mais compreensivos e sociáveis. Zelando pela condição humana e pela sua dignidade. Sem buscas particulares de recompensa narcisística. Apenas transformando a desalmada condição que tolhe a liberdade de sonhar, de descobrir, de criar.

Imagem retirada DAQUI

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