quarta-feira, fevereiro 22, 2023

A LIBERDADE, OS TEMPOS E OS SEUS RITMOS

Reconheço-me estranho, de uma estranheza que me inquieta na condição humana da proximidade quando maltratada pela ofensa, subtil que seja, à verdade inteira. A dissimulada simpatia, cínica no seu formal sorriso da languidez moral da circunstância, aliás sempre retraída, melhor ou pior reconforta o que em tempo algum se ajusta. Afinal, tudo me parece confundir-se na inteireza da essencial integridade. Unidade essa aliás, por sua vez e por inteiro, desde logo perdida nas suas refeitas e descoloridas raízes da indefinível sinceridade. A determinação desvirtuada e a imaginação empobrecida sulcam assim os caminhos dos triviais artifícios das manhas há muito erradamente ratificadas. Por vezes, e não poucas, penso ter deixado de ser eu, ou pior, ter descuidado a coragem que me exige a liberdade, me dá vida e me faz humano. Diria que sempre presente, quiçá obstinado, com equívocos certamente, creio por inteiro na minha vontade de ser livre e em conformidade, sublinho, com a verdade que a outros possa tornar-se coisa certa, claramente certa porque aperfeiçoável e irrefutável.

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