terça-feira, julho 18, 2023

UM ADEUS SEM DESPEDIDA

Ontem despedi-me da minha tia Eduarda, abraçando os filhos, os meus primos. Um encontro que se fez raro pela sublimidade do enleio em que a lágrima e o sorriso se transformaram em um todo singular. Espelho natural e verdadeiro de uma vida que se fez acontecer e congraçar no momento da perda. Aceitando-se os pêsames, agradecia-se e reconfortava-se os presentes, os outros, familiares e amigos. Uma revelação iluminada pelo espaço, pela sua escolha e pelo segredo do íntimo assumido. Tudo em consonância, uma vida realizada e um adeus, afinal, como sinal de serenidade e não de despedida. À memória cumpre-me, pois então, a faculdade de conservar e lembrar a história dos nossos tempos. Obrigado TIA, o mérito é todo teu.

Sem comentários:

Enviar um comentário