domingo, maio 12, 2024

A SOMBRIA MIMESE DO SUJEITO SEM SUBJETIVIDADE

(ou o empobrecimento da interioridade face à redução da cultura a mercadoria)

Evolui-se nos tempos, nos contínuos e factuais atalhos e seus imaginários porvires. Sempre pronto a livrar-se de entrelaçadas dispersões que se atravessam nas saídas que se buscam. Cuidando de si certamente. Todavia, não evitando aquele OUTRO que, através de si próprio e da sua zelosa palavra se esmorece. Mais direi que desaparece nas falsas e acomodadas circunstâncias do útil apego à empírica razão da ilusória certeza. No entanto, a inquietação da vida revela-se, aconselha e ousa ensinar que é sempre tempo de deixar de se enganar a si próprio. Talvez vivendo sem medos feitos de fraquezas e inquietações, abandonando-se em suposições irremovíveis de um ser incerto e desprevenido. Mais claramente, deixando de ser SUJEITO ao admitir a vassalagem do valor ético da sua liberdade e, por consequência, tolerando o empobrecimento humano do seu ser ou, mais conclusivo ainda, da sua estéril e incontornável subjetividade.

Sem comentários:

Enviar um comentário