A humanidade constrói seu destino por meio das suas mediações mais íntimas e profundas. Ao longo de muitos anos e intensos sentimentos, dois preceitos têm me convencido e esculpidos em mim: a harmonia do reconhecimento da simplicidade como valor humano e a nobreza que a beleza, em sua qualidade, alcança e revela. Por isso, a desilusão se torna cada vez mais penetrante em mim, acompanhada de um juízo lamentavelmente cético. Os tempos, hoje sem tempo, pouco ou nada ajudam. Embora, em arenas de sentidos contrastantes e enviesados, o Ter e o Não Ter se esgotem na circunstância dos seus distintos momentos.
Assim, não consigo crer no sentido da palavra leal que dignifica o ser humano, especialmente diante desta polarização perversa do Ter desigual. Ao longo de uma ardilosa e dominante doutrina encoberta por véus, traçam-se, social e geometricamente, assimetrias. Daí, o acinte da indignidade e o consequente vazio moral.
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