quinta-feira, junho 06, 2024

DA CENSURA AO ACINTOSO VAZIO MORAL

 A humanidade faz o seu destino através das suas íntimas e profundas mediações. Ao fim de muitos anos e intensos sentimentos, dois preceitos a mim me vão convencendo e em mim se vão esculpindo. A harmonia do reconhecimento da simplicidade enquanto valor humano e da nobreza que a qualidade do que é belo alcança e revela. Por isso, a desilusão é em mim cada vez mais penetrante e de juízo lamentavelmente cético. Os tempos, hoje sem tempo, em pouco ou nada ajudam. Se bem que embora em arenas de sentidos contrastantes, e entre si enviesados, o Ter e o Não Ter, ambos se esgotam na circunstância dos seus distintos tempos. Assim sendo, não me é crível o sentido da leal palavra da dignificação do Ser humano. Em especial através desta circundante e perversa polarização do Ter desigual que, ao longo de uma ardilosa e dominante doutrina de véus, se traçam social e geometricamente assimétricos. Daí, o acinte da indignidade e do consequente vazio moral.

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