domingo, junho 09, 2024

O ZIGUEZAGUE DO COGITAR

Com displicência e comodidade, observa-se o mundo através de conformidades apressadas e, muitas vezes, superficiais. Obediências alimentadas por arrimos ilusórios e cômodos, que parecem representar um alicerce seguro. A preguiça patológica compromete o olhar atento, e assim se forma um pensamento desatento que conforta. O devaneio lógico se harmoniza, e o momento contínuo reforça-se ao ser refletido no espelho. A emoção irracional ganha espaço, e o desconforto treinado se encarrega de moldar uma convicção conveniente. Submetido a si mesmo, pensa-se para si próprio, buscando livrar-se da embaraçosa incerteza. No entanto, o ruído da tolice começa a se fazer ouvir, disfarçado no íntimo da palavra narcísica. E, por fim, impaciente, e por vezes, de uma forma deveras descabida.


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