Com displicência e comodidade, observa-se o mundo através de
conformidades apressadas e, muitas vezes, superficiais. Obediências alimentadas
por arrimos ilusórios e cômodos, que parecem representar um alicerce seguro. A preguiça
patológica compromete o olhar atento, e assim se forma um pensamento desatento
que conforta. O devaneio lógico se harmoniza, e o momento contínuo reforça-se
ao ser refletido no espelho. A emoção irracional ganha espaço, e o desconforto
treinado se encarrega de moldar uma convicção conveniente. Submetido a si
mesmo, pensa-se para si próprio, buscando livrar-se da embaraçosa incerteza. No
entanto, o ruído da tolice começa a se fazer ouvir, disfarçado no íntimo da
palavra narcísica. E, por fim, impaciente, e por vezes, de uma forma deveras
descabida.
domingo, junho 09, 2024
O ZIGUEZAGUE DO COGITAR
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