Comecei a leitura do livro de Pedro Tadeu, Porque sou COMUNISTA, e não podia deixar de revelar o entusiasmo que este achado me vem despertando. O autor, conhecido pela sua militância e pela clareza da sua voz pública, afirma sem embaraço a atualidade do comunismo - fá-lo com uma lucidez que desfaz preconceitos e com uma sinceridade que acende esperanças.
O que mais me impressiona nestas primeiras páginas é a
relação profunda que ele estabelece entre o comum e o comunismo.
O comum - aquilo que nos pertence a todos: a dignidade, a justiça, os recursos,
a solidariedade - não é apenas um conceito abstrato e distante, mas o
fundamento de uma vida que se quer partilhada, liberta da lógica da
privatização e do mercado total. Nesse horizonte, o comunismo surge como a
política do comum, a afirmação de que não nos basta viver isoladamente;
precisamos de construir juntos, de resistir à desigualdade, de defender o que é
de todos.
Pedro Tadeu escreve não como quem repete fórmulas feitas do
passado, mas como quem afirma que o comunismo é uma necessidade do presente. A
sua palavra ressoa, ao mesmo tempo, como memória e como futuro. E eu, leitor
atento, não posso deixar de me sentir, desde já, envolvido. Ler este livro é
reencontrar a força de uma ideia que insiste em não morrer, porque é
inseparável daquilo que nos torna verdadeiramente humanos - o comum.
Falo, pois, de um comum que não limita a liberdade, mas a enobrece; de um comum que vive da liberdade e da sua grandeza; em síntese, de um comum que engrandece a liberdade.
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