sábado, agosto 23, 2025

PEDRO TADEU E O IMPULSO DO COMUM

Comecei a leitura do livro de Pedro Tadeu, Porque sou COMUNISTA, e não podia deixar de revelar o entusiasmo que este achado me vem despertando. O autor, conhecido pela sua militância e pela clareza da sua voz pública, afirma sem embaraço a atualidade do comunismo - fá-lo com uma lucidez que desfaz preconceitos e com uma sinceridade que acende esperanças.

O que mais me impressiona nestas primeiras páginas é a relação profunda que ele estabelece entre o comum e o comunismo. O comum - aquilo que nos pertence a todos: a dignidade, a justiça, os recursos, a solidariedade - não é apenas um conceito abstrato e distante, mas o fundamento de uma vida que se quer partilhada, liberta da lógica da privatização e do mercado total. Nesse horizonte, o comunismo surge como a política do comum, a afirmação de que não nos basta viver isoladamente; precisamos de construir juntos, de resistir à desigualdade, de defender o que é de todos.

Pedro Tadeu escreve não como quem repete fórmulas feitas do passado, mas como quem afirma que o comunismo é uma necessidade do presente. A sua palavra ressoa, ao mesmo tempo, como memória e como futuro. E eu, leitor atento, não posso deixar de me sentir, desde já, envolvido. Ler este livro é reencontrar a força de uma ideia que insiste em não morrer, porque é inseparável daquilo que nos torna verdadeiramente humanos - o comum.

Falo, pois, de um comum que não limita a liberdade, mas a enobrece; de um comum que vive da liberdade e da sua grandeza; em síntese, de um comum que engrandece a liberdade. 

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