Nem toda a lágrima é humana. Algumas brilham ao sol da indiferença. A pobreza parece já não causar dor, apenas se afigura comover por empatia. Tornou-se, com o tempo, um tranquilo espelho limpo onde o conforto burguês aparece. A compaixão, quando não altera, corrompe e o gesto piedoso vai-se tornando, por hábito, a forma simpática e possível. Com facilidade se esquece, então, que o sofrimento dos outros não é matéria de consolo, mas de justiça. Que maçada...
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