Sinto-me idoso, todavia não envelhecido. O corpo cumpre o
dever, mas a alma perdeu o pêndulo. Desprezo a psicologia do vazio, essa rotina
taciturna de quem converte o nada em hábito.
Velho? Não sei. Envelhecido? Procuro contrariar a eventualidade. É o mundo,
esse sim, que vejo cansado, sem sequer saber porquê.
Desloco-me, sim, devagar, para que o tempo me faça companhia. Ainda assim, com
vitalidade, tropeço em ideias, e é nelas que vou convivendo com a incógnita de
não desistir.
Eis, afinal, os aprazíveis passeios deste meu tranquilo e simpático tempo.
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