Chamam-lhe mercado, mas para viver vai-se exigindo cada vez
mais uma taxa de utilização. O capitalismo contemporâneo não avança: ocupa.
Organiza-se menos em torno da produção e mais em torno da apropriação, de
rendas, de dados, de tempo, de atenção, de afetos. O comum privatiza-se com a
naturalidade de quem transforma a evidência em mercadoria. O ar, o tempo, a
linguagem, o cuidado: tudo entra no circuito da extração. Não se faz mundo.
Administra-se o acesso. E quem controla as cercas dispensa a violência:
basta-lhe gerir a dependência.
terça-feira, dezembro 30, 2025
RESPIRAR AINDA NÃO TEM PREÇO
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