Reverencio os políticos que deslustram da política e maldizem dos parceiros do costume. Como? Costumando, eles, do devaneio democrático que ali estão para fazer diferente. Confesso que me comove a grandeza de alma dos que, sem se enredarem na política, se obrigam à missão. Por isso, merecem a minha mesura e consideração. Mormente quando, com o tempo, enrugam na busca falhada da dissemelhança. A história assim o relembra e os exemplos passados não faltam. Hoje, os prontos e frescos seguidores preanunciam-se, prometem. Com méritos e passadas diferentes, fatiando cordialmente afinidades e proximidades. Anunciando sempre virtuosos e empolgantes caminhos. Grudando à realidade a sedução do artifício. Conhecem bem os limites da liberdade e os fundamentos da sua condenação moral. Desconsideram partidárias mediações, discernindo neles, nos próprios, o irrefutável e social reconhecimento. A alma populista não se propõe, afirma-se. Eles são o povo, logo, a voz fundada da democracia. Ou melhor, da “tra(m)palhada” fascizante dos tempos modernos…
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