Ruas nuas, silêncios enfadonhos. A turbulência do tempo oferece-se atando o sofrimento ao corpo e o real ao imaginário. Suspeita-se que a mudez tem voz, mas não se ouve, e que as palavras naufragam no furor do seu alento. Tudo parece obscurecido nesta ordem descontrolada, imerso que está na onda revolta de verdades incertas. E sem qualquer deus por perto, espera-se rumo, sentido, e o seu nexo em nós. Porventura na esperança de um aguardo apenas. Sim, não mais que um aguardo que ora resguarde.
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