Aos dúbios contornos da ordem e do caos tenho dedicado algum tempo, ainda que ajudado por magra ciência. Reconhecidamente frágil, entrego-me à aventura curiosa de entranhar as suas verdades e inamistosas ocorrências. Em todo o caso, e sempre, na busca de sentido, de luz e alguma consciência. Tenteando o que desconheço e indagando a adaptabilidade, e a firmeza, do histórico caminheiro. Porém, a fonte subjetiva da ideia de sentido nem sempre me ajuda. O conflito entusiasma-me a busca, sim, mas o medo deixa-me preso às algemas da minha fraqueza. Na busca, esperançado, enxergo a raia que me abrasa. Algemado, o caos devora-me até os ossos do espírito. Assim me encontro, hoje, enclausurado nesta desalmada ordem do caos, ou melhor, nesta grande merda dita de Covis-19.
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