Um tributo a Luiz Pacheco, um homem único com quem tive o prazer de conversar e testemunhar a sua inusitada singularidade
Em momentos singulares o talento da insolência liberta a liberdade. Aquela capaz de se opor à altivez que medra na ordem poderosa do previsível, do conveniente e da certeza das ideias feitas. O lume ateado pela desinibição escalda, e facilmente o coração da vítima se inflama. Daqui se apercebe que à coragem falta o exercício e ao risco do choque os algoritmos. Logo, a desordem do repto se agasalha na estranheza de um não-lugar penoso. Na sua açodada e impreparada desinibição, a agressão imaginada oferece-se disponível à razão do gesto. Refugiando-se na fuga cobarde da indiferença ou, mais burlesco, no surrado disfarce do mando da indignação e seus farsantes valores.
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