Cada um olha o mundo de um modo continuamente singular. Verdade aliás que se funda na pessoa que se vai sendo no curso do tempo. A liberdade acompanha-nos sempre, mesmo quando ela se perde. Todavia, o tangível do seu proveito faz-se sempre vinculado. Ao outro, à dignidade de ambos, à condição humana e à sua historicidade. No fundo, entranhando-se nas raízes que, com efeito, determinam. Intuições, pensamentos e intencionalidades. E, em consequência, firmam posições, criam horizontes e fixam também miudezas. Uma humana diversidade que, em si, afrenta sempre o estabelecido, o dominante. Esse arbitrário que afinal define, vigia, e socialmente até tolera. Não para impor o absoluto do mesmo e do mesmo jeito. Mas sobretudo para garantir o seu mando e socorrer a sua hegemonia. O que virá pós-covid-19? Certamente a ratificação da sua patogenicidade, não do vírus, mas da ideologia dominante que dele se servirá.
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