Como se constrói o comum quando se parte do meu, do teu e do dele? E onde se pretende chegar com ele, com o comum? Ferguson, já em 1767, lembrava[1]: “A boa ordem das pedras numa parede é elas estarem apropriadamente fixadas nos lugares para os quais são aparelhadas; se elas houvessem mexer, o edifício teria de cair: mas a ordem dos homens na sociedade é estarem colocados onde estão propriamente qualificados para agir. A primeira é um sistema feito de partes mortas e inanimadas; a segunda é feita de membros vivos e ativos. Quando procuramos uma ordem de mera inação e tranquilidade, esquecemos a natureza do nosso assunto, e encontramos a ordem dos escravos, não a dos homens livres”. Aceite-se, pois então, que o ponto de onde partimos subordina o nosso pensar, e este repercute-se no seu alcance. Por onde querem que comecemos, ou, por onde afinal queremos nós começar? Desta nossa escolha dependerá certamente o acesso. [1] AS TESES DAS “TESES”, José Barata Moura. |
quarta-feira, maio 06, 2020
O CAMINHO DO COMUM
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