“Quando tudo se desmorona, o que resta é a cultura” (Alberto Manguel”)
Acabo de ler a entrevista do bibliófilo Alberto Manguel à A REVISTA DO EXPRESSO. Reforço, sublinhando, as suas mensagens finais. Diz ele:
- Em França , sempre que jovens vinham visitar a biblioteca, eu dizia-lhes; … “Posso prometer-vos uma coisa: se procurarem durante tempo suficiente, garanto que há pelo menos um livro, uma página, um parágrafo ou uma palavra que foram escritas para vocês, e isso vai iluminar-vos o caminho. Procurem e acabarão por encontrá-lo.
- Mais à frente, sobre a confiança nas gerações futuras, ele responde … Sim, mas só se a educação que dermos a essas gerações for um espaço aberto à imaginação, um campo de liberdade. Se isso acontecer, talvez deixemos de estar à beira do precipício. Porque é aí que estamos agora. À beira do precipício.
Termina, então, dizendo … Eu sei que estou no último capítulo. Restam-me algumas páginas, mas estou absolutamente satisfeito com as leituras que pude fazer.
Imóvel, apenas o meu olhar ousou recuar, relendo estas últimas das suas palavras. Inconformado, sem dúvida, com as leituras que não fiz, e agastado com o tempo (este tempo) que seguramente vai encolhendo…
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