quinta-feira, janeiro 14, 2021

VERDADES ACOBERTADAS

Inquieto e ansioso, no meu divã analítico me sento. Aqui vou procurando esboçar razões sobre os plurais, e presidenciais, verbos em uso. Atinando, ou talvez não, como se esgaravata a palavra, se mimica o esgar e se contamina cabeças. Com mais ou menos pressa, apenas com o fito de se achegar aos vantajosos poderes do Estado. Assim, disponível a inopinadas e cénicas agitações, disponho-me a ser atraído pela imoderação do impressionável. Logo, pronto à compaixão do que me possa sair do tom, apto ao que não me soa bem, propenso, por adição, ao hiato ético do insólito. Acima de tudo, atento à trama comocional dos detalhes e dos iterados factos fora de cenário. Uns, comezinhos e burlescos, outros, ao que parece, impulsivos na suposta e certa hora de agir. Dispondo do “terra a terra” das circunstâncias, mas ambos excludentes, boçais e grotescos. Em prenunciado pirutear mediante a arte discursiva do simplismo binário, rude e grosseiro. Por isso, só empastado neste mundo do subentendido se descobrem verdades acobertadas. Afinal não há desemprego, eis um exemplo. Existem, sim, malandros que não querem trabucar. Muitos destes convertem-se emigrantes, afinal de contas, para vaguear por aí, digressionando. Querem mais? Sentem-se e desfrutem do (e no) vosso divã…

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