quarta-feira, setembro 22, 2021

GRATA LIBERDADE

O tempo passa. Por vezes depressa demais. Afinal, sem tempo para se apreender a superior sublimidade da experiência. Da experiência humana da íntima liberdade. No tempo impaciente do passado, caminhos calcados e sofridos foram andados. Quantas vezes só, sufocado por culpas de ocultas e teimosas razões. Em afinidade com os ressoados ecos de uma frágil consciência. Sempre conformes, saturados pelo crescente enfado do rito e da regra. Repetições. Sombras e silhuetas justificantes que afinal se revelam. Adormecendo a dúvida inevitável que a trivialidade no seu colo embala. Recalcados gestos advindos da quietação embalada por acomodadas coreografias e deificadas crenças. Ambas abraçadas na dança arrastada de indolentes movimentos. Recatado, e pelas margens andejando, interpela-se a liberdade. Aquela que compromete, que desafia e que connosco priva. E que em segredo sussurra…

Sê mais igual a ti próprio. Caminha, sem medos de novos caminhos. Descobre o que vais encontrando. Não receies o espanto. Deixa-te interrogar. Reavive e muda. Não receies ser sujeito. Se possível, todos os dias mais sujeito.

Grata Liberdade!

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