Entreouve-se um silêncio de
dentro, um silêncio que desperta as humanas imperfeição e insuficiência. Decerto,
uma incompletude atenta que sempre se encaminha por entre sombras sem brilho. A
todo o momento desafiada pela inevitável e infinda busca de unicidade e
transparência. Busca que se oferece ao mundo habitando a experiência dura da singularidade.
Opondo-se ao comum do evidente, persegue então corrigidos alcances para além
dele. Dando às palavras sentidos mudados e verdades reparadas. Metaforizando-as,
supondo horizontes, percursos e lugares. Em suma, juntando ao banal a dimensão do
que, sendo único, se percebe a cada instante diferente. Entre a coisa e a
palavra, intuições se percecionam, imagens se esboçam e verdades se garantem. Com
autenticidade. Ou, porventura, sem ela.
sexta-feira, outubro 08, 2021
ENTRE A COISA E A PALAVRA
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