Há caminhos que, mesmo sem o aplauso das urnas, guardam em ti a claridade dos gestos justos. O teu é um desses percursos: firme na
coerência, sereno na entrega, habitado por uma fé discreta que faz da política
uma forma de consciência.
A tua história, pessoal e familiar, é um lugar de memória
onde o serviço prevalece sobre o desejo de poder, ou seja, esse cobiçável modo
de estar que resiste ao cansaço e às sombras do tempo.
Aceita, pois, este sinal de apreço por continuares a
acreditar quando tudo parece dispersar-se. Há verdades que se revelam apenas na
paciência dos dias, e há causas que florescem tarde, mas florescem.
Porque o tempo, esse juiz sem pressa, acaba sempre por
reconhecer o que nasceu de um coração inteiro.
Aqui te deixo, amigo João, um sincero abraço.
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