segunda-feira, abril 09, 2012

UM DESABAFO

 

(8 de Abril de 2012)

escrever5

A possibilidade de nos confrontarmos com desconcertos de significação nas nossas vidas é naturalmente elevada. Para uns ainda bem, para outros nem por isso. Os primeiros encontram nela oportunidades, os segundos ameaças e inseguranças. Para estes, essas dissonâncias revelam-se estranhas, por vezes enigmáticas quando não hostis. A urgência de defesa convoca de imediato o enquistamento de posições. A abertura dá lugar ao autismo e este ao divórcio com a realidade e com a reflexividade que nela nos faz situar. A irritação germina então no vazio criado e os diabos à volta florescem (como por bruxaria) neste caldo emocional. A vida sobrevive assim por meio de uma repetição de imagens iguais que se desdobram sem fim. Em nome de uma liberdade celebrada dela arrepiamos caminho incapazes de nos reinventarmos. Insensatamente.

 

Imagem retirada DAQUI

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