O tempo vai transcorrendo. Não o sinto gasto com o seu avanço, nem cansado com a fadiga do andamento. Daí, a ousadia de ainda prezar genuínas vontades. Resistindo à neurose da acirrante e insistente adaptação. Duvidosa e continuada acomodação à reinante mesmidade. Malgrado a provecta idade, num tempo compósito de ajuste com a vida. Hoje em dia, não entorpecida pelas marcas revoltas e indeléveis desse tempo ido, ainda e sempre vivas. Porém, inscritas num presente em que, animadamente, permanecem atentas e vigilantes. Passadas à história, ainda bem que assim se desvelam. Logo, o revisitar do passado, faz-se movimento, condição atualizada. Compreendendo-o, para compreender as circunstâncias do acontecer. Abraçando, creio, o inseparável desafio do por vir das necessárias e humanas compreensões. Sobretudo, neste intrincado tempo sem tempo onde tudo parece suceder. Todavia sem o apetecível, porventura vital, atrito de valor humano.
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