domingo, novembro 20, 2022

A FUTURIDADE SEM RUMO

 

A monetária e obscura palavra política usa e abusa do termo futuro, sobretudo quando o presente lhe aponta o dedo acusador. Na circunstância, a música dos valores sobe de tom, a harmonia dos princípios busca os acordes e a entediante versificação do cântico entrega-se às suas convenientes tonalidades. O tateável do humano e triste fado assim se desvanece no acervo das abstrações e o concreto da vida se deixa absorver na apatia de uma estranha realidade. Eis a política que se oferece para um futuro ricocheteado pela mesma música, a tal música aliciante que chalaceia e convence um crédulo e abstraído meio mundo.

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