domingo, março 16, 2025

EU SEREI O MELHOR PRESIDENTE QUE DEUS CRIOU

… assim nos brindou Donald Trump.

Donald Trump tem sido um mestre na arte de transformar a política num espetáculo de incerteza e imprevisibilidade. Sua habilidade em desmantelar convenções diplomáticas e políticas estabelecidas é quase artística. Ele vai desafiando as regras à medida que encontra conveniência, guiado por seus instintos populistas e cínicos. A diplomacia, que antes se via como uma troca de favores entre potências, agora é apenas um jogo – um jogo onde as cartas são jogadas ao sabor de seus caprichos e interesses pessoais, criando sustos e uma constante sensação de apreensão.

Nos Estados Unidos, a política interna torna-se um campo de batalha onde a imigração é atacada, as relações comerciais são perturbadas, e até o clima parece estar sendo 'importunado'. Tradicionalmente uma fortaleza de previsibilidade, a política externa americana hoje se transforma num caldeirão de incertezas. Os acordos estabelecidos pela NATO, por exemplo, são desfeitos com uma facilidade espantosa, e as alianças se tornam peças de um tabuleiro que Trump move sem hesitar. A diplomacia se torna algo líquido, sem forma, onde as ‘amizades’ se reconsideram à velocidade da sua conveniência.

No cenário global, a competência é redefinida. Novos jogos de força são lançados e o mundo, antes previsível, passa a ser um campo fértil para experimentações políticas. A velha ordem multipolar agora se vê substituída por uma nova, onde o futuro será uma terra de incertezas e caos. Os mercados internacionais, por sua vez, alimentam-se dessa imprevisibilidade – e, por que não, da ignorância que se espalha com o florescimento de teorias da conspiração.

A capacidade de Trump de utilizar redes sociais e plataformas digitais é fenomenal. Ele não hesita em usar essas ferramentas para gerar ondas de fervor, manipulando emoções e gerando um ciclo contínuo de excitação e desinformação. O falso se torna quase tão valioso quanto o verdadeiro, e a desinformação se espalha como uma pandemia, alimentando o caos político. As suas decisões, muitas vezes tomadas com um simples estalar de dedos, têm efeitos tão imprevisíveis quanto as reações que busca provocar.

No âmbito da economia global, a situação não é diferente. A desordem criada pela política de Trump é quase um reflexo de sua personalidade: caótica, imprevisível, mas, de alguma forma, sempre voltada para os seus próprios interesses. Tarifas e barreiras comerciais são remexidas com a mesma facilidade com que ele troca de opinião, criando um ambiente de incertezas que reverbera em mercados financeiros. A volatilidade se torna uma constante, alimentada por inflações e crises que parecem ser apenas parte do grande jogo político.

Em suma, o mundo parece estar em constante mudança – alianças, conflitos geopolíticos e cenários imprevistos se entrelaçam em um novo tecido de incertezas. E, no meio de tudo isso, Trump, com sua onipresente promessa de que "nunca se é ganancioso demais", continua a redefinir as regras, para quem tiver coragem de seguir o espetáculo.

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