Há vozes e
vozes. As que vêm de fora e as que ressoam com a humanidade dos sentimentos. As
vozes internas, ao contrário do que se supõe, nem sempre ajudam. A inquietação
naturalmente incita a impertinência da culpabilidade, atraindo consigo medos
que rodopiam entre a insegurança e o insucesso. Entre as críticas internas e as
expectativas externas, o reconhecimento busca o seu destino numa dispersão
confusa da busca pela verdade.
Assim, como
podemos aprender a distinguir essas vozes que se despegam? Como decidir, nesse
momento, qual o caminho seguir? O que procuramos? Medrar ou mascarar? Não é
fácil, pois não é simples diferenciar a divergência entre as vozes que importam
e as falas destrutivas que se opõem à liberdade criadora.
A
autenticidade, ao deixar de lado o medo do arbítrio e das críticas internas,
entrega-se ao processo criativo de forma mais livre, autêntica e verdadeira,
sem o peso de contingências externas ou da busca pela perfeição. A criatividade
não deve ser vista como algo validado apenas por críticas externas ou internas.
Ao contrário, ela deve ser um espaço de exploração, onde a insegurança e o medo
são deixados de lado para permitir que a criação se amarre ao seu verdadeiro
eu, obedecendo às suas ideias mais autênticas.
Em resumo, diria que uma ideia realmente criativa precisa de aprender a silenciar as vozes internas e externas que a limitam, dando espaço à convicção criativa e à liberdade.
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