sábado, março 22, 2025

VOZES E SILÊNCIOS CRIATIVOS

Há vozes e vozes. As que vêm de fora e as que ressoam com a humanidade dos sentimentos. As vozes internas, ao contrário do que se supõe, nem sempre ajudam. A inquietação naturalmente incita a impertinência da culpabilidade, atraindo consigo medos que rodopiam entre a insegurança e o insucesso. Entre as críticas internas e as expectativas externas, o reconhecimento busca o seu destino numa dispersão confusa da busca pela verdade.

Assim, como podemos aprender a distinguir essas vozes que se despegam? Como decidir, nesse momento, qual o caminho seguir? O que procuramos? Medrar ou mascarar? Não é fácil, pois não é simples diferenciar a divergência entre as vozes que importam e as falas destrutivas que se opõem à liberdade criadora.

A autenticidade, ao deixar de lado o medo do arbítrio e das críticas internas, entrega-se ao processo criativo de forma mais livre, autêntica e verdadeira, sem o peso de contingências externas ou da busca pela perfeição. A criatividade não deve ser vista como algo validado apenas por críticas externas ou internas. Ao contrário, ela deve ser um espaço de exploração, onde a insegurança e o medo são deixados de lado para permitir que a criação se amarre ao seu verdadeiro eu, obedecendo às suas ideias mais autênticas.

Em resumo, diria que uma ideia realmente criativa precisa de aprender a silenciar as vozes internas e externas que a limitam, dando espaço à convicção criativa e à liberdade.


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