O vírus fez-se adverso do comum, do indistinto comum. A todos juntava na solidariedade, mas também no medo. Deste modo, o cuidado universal atou –se ao indeterminado. Hoje, o tempo mostra-se posterior e acresce pretensões díspares. O ordeiro comum apresenta-se agora no cadinho dissolvente de impacientes interesses. Nesse fundo recipiente onde se confina a estranha química de inusitadas reações. O sentido do comum, afinal frágil, aqui se submete ao imperativo da comunidade. Sempre feito de razões parciais e de racionalidades coletivas improváveis. Um outro vírus desponta pois então. Pela afirmação de um particular coletivo sempre distante da precedente universalidade. Assim, aqui estamos, mais amanhã do que hoje, entre a fase e a face da durável resistência à penosa e iníqua imperfeição do mundo.
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