Nunca se é sozinho, é-se sempre indivíduo social. Pensa-se e vive-se a vida em função da materialidade circunstante e do seu acontecer histórico. Daí a gravidade dos recursos. Entre eles, os económicos, os sociais e os culturais. Daí, também, o encaminhar do papel identitário das ficções, dos sonhos e das possibilidades. Das motivações, dos estímulos e das frustrações. Igualmente, da acomodação das afeções, das emoções e das crispações. Da contingência da desmultiplicação, da desestabilização e da fragilização. Do horizonte das socialidades avistadas, ajustadas e adequadas ao crivo medular dos recursos.
Vive-se hoje uma abrupta crise, e em tempos de crise tudo se confunde no duro aperto da simplificação. E aí, os recursos, e a sua diversidade, revelam e marcam a sequela decisiva e determinante da diferença. A iniquidade das desigualdades na sua intensa e silenciada perversidade.
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