segunda-feira, junho 01, 2020

DIA DA CRIANÇA


Neste dia, neste tempo, o poema que a criança havia de abraçar…


Sou barco de vela e remo, sou vagabundo do mar. Não tenho escala marcada nem hora para chegar: é tudo conforme o vento, tudo conforme a maré... Muitas vezes acontece largar o rumo tomado da praia para onde ia... Foi o vento que virou? foi o mar que enraiveceu e não há porto de abrigo? ou foi a minha vontade de vagabundo do mar? Sei lá. Fosse o que fosse não tenho rota marcada ando ao sabor da maré. É por isso, meus amigos, que a tempestade da Vida me apanhou no alto mar. E agora queira ou não queira, cara alegre e braço forte: estou no meu posto a lutar! Se for ao fundo acabou-se. Estas coisas acontecem aos vagabundos do mar.

(O vagabundo do mar, de Manuel da Fonseca, apresentado em termos de texto)

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