sábado, fevereiro 05, 2022

ADENDA ELEITORAL

Uma adenda, um acrescentamento marcado pela imediatidade ideológica sensível à geometria protocolar, e horizontalizada, da corrente cartografia política. Deste jeito, diria, que ante o divinizado centro, o útil bateu certo à esquerda, ao passo que a briga, como sequela, se bravateia hoje à direita. O cansaço de Costa foi-se, e logo espalhou o transe do seu avesso. Rio, esse, naufragou, e encalhado modorra na raia do sugestivo e maroto engodo. Fora dos deificados, Catarina e Gerónimo mostraram-se, e sem demora apareceram reinventados na espera do confiante recuo do desleal bamboleio. Propondo, estou certo, mais vida às ruas lamentavelmente abandonadas. As pequenas-grandes novidades, essas, despontam triunfantes. Uma, garantindo a higiénica liberdade à democracia; outra, propondo uma renovada, e casta, ordem moral. Para a primeira o Estado não é mais do que um egocêntrico de braços largos e abarcantes. Para a segunda impõe-se uma acirrada refrega à vigente e sediciosa cidadania onde os anjos escasseiam e as carnalidades sobram. O que nos espera? Não se sabe. Venham então mais palpites das gentes que tudo sabem e profetizam. Contudo, não se esqueçam dos úteis e confortáveis barretes.

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